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Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v. 70, n. 110, p. 25-34, jul./dez. 2024DIREITO, sob o título “INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, PLATAFORMAS DIGITAIS E ROBOTIZAÇÃO: QUE FUTURO PARA O (DIREITO DO) TRABALHO HUMANO?” Artigo que merece releitura.Dando sequência, e de autoria do professor e desembargador aposentado do Regional mineiro, Professor Márcio Túlio Viana, somos contemplados com o artigo “A IA EM PERGUNTAS SEM RESPOSTAS: UM TEXTO QUE TRATA DAS NOVAS FORMAS DE INTELIGÊNCIA NO AMBIENTE DO JUIZ”, onde o autor procura relacionar alguns aspectos da Inteligência Artificial com a função do juiz, especialmente na área trabalhista. São questionados vários pontos pouco explorados, além de alguns outros que são ainda discutidos pelos experts no assunto - como a existência ou não de uma verdadeira inteligência na IA e o seu eventual poder de criação. Para isso, o autor também “entrevista” de forma um tanto original o ChatGPT.Marina Grojpen Couto, Doutoranda em Direito pela UFMG, Mestre em Direito pela UFMG, Bacharel em Direito pela UFMG e Analista Judiciária do TRT-3, por seu turno, apresenta-nos o artigo “A DESUMANIZAÇÃO COMO RISCO ÉTICO: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS FUNDAMENTOS HUMANOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO”, onde a autora discorre sobre o avanço que a inteligência artificial no Poder Judiciário brasileiro tem despertado entusiasmo e preocupação, especialmente no âmbito da Justiça do Trabalho. Analisa, nesse contexto, os desafios éticos do uso da IA em decisões judiciais trabalhistas, discutindo o risco de desumanização do processo, a possível substituição da atuação humana por sistemas automatizados e a reconfiguração silenciosa do papel do juiz. A pesquisa parte da premissa de que a automação, quando utilizada de forma acrítica, pode comprometer princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o contraditório e a proteção ao trabalhador. Reconhece-se, contudo, que a IA pode funcionar como ferramenta de apoio relevante, desde que subordinada à racionalidade crítica do julgador e à preservação da justiça social. Termina propondo uma governança ética da tecnologia, que concilie inovação com os valores fundantes da jurisdição trabalhista.O magistrado Bruno Alves Rodrigues, Juiz Titular da 34ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte e Doutor em Direito (UFMG), traz-nos a reflexão sobre “A DISSEMINAÇÃO DO USO DE MODELOS DE LINGUAGEM DE LARGA ESCALA (LLMS) E O ESTREITAMENTO DA MISSÃO HERMENÊUTICA DO PODER JUDICIÁRIO”, texto por meio do qual afirma que vivenciamos uma era de absolutização de referenciais ínsitos à mera operacionalidade técnica e instrumental da realidade, o que se tem verificado também dentro do Poder Judiciário, onde se proliferam anúncios, por parte de Tribunais e dos

