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                                    81Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v. 70, n. 110, p. 65-96, jul./dez. 2024Se um macaco também é peixe, então ele já é macaco por definição - afinal, a parte “macaco” não some só porque ele também é peixe.Agora… biologicamente falando, isso é impossível (a não ser que estejamos falando de uma criatura imaginária ou de ficção científica). Mas, no campo da lógica, se algo tem as propriedades de “macaco” e as de “peixe”, ele continua sendo um macaco - só que um muito peculiar, talvez com guelras e cauda preênsil ao mesmo tempo.Seria mais ou menos como dizer: “uma cadeira que também é sofá ainda é cadeira?” - Sim, mas também é sofá. É um híbrido.Quer que eu crie um exemplo de “macaco-peixe” para você, com direito a nome científico inventado e descrição zoológica?Em seguida, como uma espécie de desafio, fiz outra pergunta sem nexo:Você acha que uma alface pode ser uma tartaruga plantada nos Andes?A resposta não demorou. Mais uma vez, trouxe elementos racionais e outros de pura imaginação, como se tivessem saído de um sonho. Logo no início da “fala”, foi a razão que prevaleceu:Se formos 100% sérios: biologicamente, uma alface não pode ser uma tartaruga, nem mesmo que fosse “plantada” nos Andes. A alface (Lactuca sativa) é um vegetal folhoso, enquanto a tartaruga é um animal vertebrado do grupo dos répteis.Já na segunda parte da resposta, o desvario - ou alucinação, ou como quer que a chamemos - aflorou com toda a força:[...] no campo da ficção ou do surreal, poderíamos imaginar que nos Andes existe um solo mágico onde sementes de alface brotam com casco e patas, criando a lendária “Tartalface Andina” - metade salada, metade reptiliana, 100% impossível no mundo 
                                
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