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                                    Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v. 70, n. 110, p. 259-303, jul./dez. 2024270exponencial a conexão autos-mundo, o que acaba por catalisar uma nova forma de atuação de todos os operadores do processo. Nessa concepção caminhamos da ideia de documento eletrônico para a de hiperdocumento.E as gerações da banda larga avançam. A guerra da 5G entre Estados Unidos e China, em velocidade da ordem de gigabytes, já é uma realidade. Metaforicamente pode-se pensar que o processo 5G transite na esfera do Big Data. O trinômio dados-informação-conhecimento, mas agora capturados no contexto dos megadados, desafiam outra ordem de preocupações, de viés político, para além da articulação do conhecimento.Os algoritmos de aprendizado de máquina, que já foram formulados há várias décadas, mas que nunca funcionaram bem, pois demandam uma alta quantidade de dados para seu efetivo funcionamento, agora dispõem de uma imensidão deles capturados pelas redes sociais, pelos rastros deixados nos mecanismos de buscas, pelos aplicativos de compras, de entregas e de mobilidade urbana e, especificamente quanto ao processo judicial, junto aos bancos de dados do Poder Judiciário, nos mergulham na geração do processo em rede, orientado a dados.3 CONECTIVIDADE, MEDIUM E BIG DATA3.1 RedesOs primeiros passos da chamada teoria das redes foram dados nos trabalhos do Matemático Ëuler, que formulou a “teoria dos grafos”. Um grafo é a representação de um conjunto de nodos (nodes) conectados pelas arestas7. Erdös e Rényi foram os primeiros a relacionar os grafos a redes sociais. Há vários trabalhos sobre redes complexas, posteriormente aplicados às redes sociais, inclusive às virtuais. Podemos citar os modelos de Barabási, Watts e Strogatz y Erdös y Rényi.Rede é um emaranhado de elementos, denominados “nós”, conectados entre si, direta ou indiretamente. Barabási assinala que agora:7 Um grafo com 6 vértices e 7 arestas. “Um grafo G é uma tripla ordenada (V(G), E(G), Ψg) que consiste de um conjunto V(G) de vértices, um conjunto E(G) de arestas sem interseção com V(G), e uma função de incidência Ψg que associa a cada aresta de G uma par não-ordenado de vértices (não necessariamente distintos) em G.” Bondy, Murty, 1976, p. 01. (segue).
                                
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